Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Apetece-me falar-lhe mas não queria ter que dizer algo.
Disse-me hoje a minha tutora nas artes contrabaixísticas, sensei, mestre, role model, madrinha e amiga: «Para o ano, tu vais ser quem eu era quando me conheceste.»
Embasbacada, parei, pensei, tentei refutar, negar e no fim, perplexa, já afundada na melancolia disse: «Pois é; fogoo!»
Não sinto os 3 anos em cima e duvido ser "grande" o suficiente para conseguir preencher a vaga que ela deixará.
E no final ela complementou: «E para o ano tens que começar a arranjar alguém para ser quem tu foste.» Não quero, recuso-me! Não com o medo de alguém ocupar o meu lugar, mas sim pelo facto de me recusar a tamanha responsabilidade. E por significar aceitar a partida de uma pessoa que me é querida.
Às vezes tenho sérias dúvidas, se aquilo que me torna melhor é o sentimento per si ou se é a influência dele enquanto pessoa.
«Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?"
-Fernando Pessoa-